Topografia e Projetos Agropecuários
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Uruguaiana - RS
19 maio 2020

Produtor rural prejudicado pela pandemia da Covid-19 poderá renegociar dívidas

Banco do Brasil anuncia medidas de prorrogação para diversas atividades agropecuárias
A Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), está orientando os produtores rurais prejudicados pela pandemia da Covid-19 sobre a prorrogação de dívidas com bancos e cooperativas de crédito. O Banco do Brasil, responsável pela maior parte da liberação de crédito rural em Minas Gerais, divulgou novas condições para a renegociação de pagamentos por produtores de várias atividades agropecuárias que enfrentam dificuldades de comercialização.

“Nossa recomendação é que o produtor evite ficar inadimplente e procure o banco para renegociar a dívida, caso esteja com dificuldade para fazer o pagamento regularmente”, afirma o coordenador estadual de Crédito Rural da Emater-MG, Roberval Juarês de Andrade.

As recentes medidas de prorrogação anunciadas pelo Banco do Brasil vão beneficiar produtores rurais das seguintes atividades: aquicultura, piscicultura e pescados, bovinocultura de leite, olericultura, fruticultura e floricultura/plantas ornamentais. “São atividades com um grande número de agricultores familiares em todas as regiões do estado”, diz Roberval Juarês.

Os produtores das atividades relacionadas estão dispensados de apresentar um laudo técnico para a renegociação com o banco. Isso vai diminuir a burocracia e o custo para o produtor fazer o pedido de prorrogação, já que os laudos costumam ser cobrados.

Para o pagamento das dívidas de crédito de custeio, que tinham vencimento entre 1º de janeiro e 29 de fevereiro de 2020, o novo prazo passa a ser 15 de agosto deste ano. Já para as operações com outras datas de vencimento, o prazo para reembolso será prorrogado por 180 dias, após o vencimento final do contrato.

No caso de operações de investimento e para aquelas dívidas de custeio que já haviam sido renegociadas anteriormente, com vencimento entre 1º de janeiro e 14 de maio deste ano, haverá a prorrogação por um ano, após o vencimento final do contrato, com amortização de juros para o caso de investimento.

O pedido de renegociação deve ser apresentado ao banco, que irá analisar e formalizar a prorrogação por meio de um aditivo no contrato com o produtor.

Para as demais atividades que não foram incluídas nas regras anunciadas pelo Banco do Brasil, a apresentação de um laudo técnico continua sendo obrigatória. E a orientação é que o produtor que quiser negociar o pagamento das dívidas procure sua agência para avaliar as condições de prorrogação de cada caso. “O Manual de Crédito Rural, do Banco Central, estabelece que o produtor em dificuldades com o pagamento das dívidas pode procurar a instituição bancária para avaliar uma renegociação”, diz o coordenador da Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Seca

O Banco do Brasil também anunciou medidas de prorrogação de dívidas, de no máximo R$ 500 mil, para quem teve a produção prejudicada pela seca ou estiagem. O benefício vale para municípios onde foi decretada situação de emergência ou estado de calamidade pública, com reconhecimento do governo estadual, entre 1º de janeiro e 13 de abril de 2020.

Para o pagamento das parcelas de operação de custeio, com vencimento entre 1º de janeiro e 30 de dezembro deste ano, o interessado deve entrar em contato com a agência que irá avaliar as condições de renegociação de acordo com o nível das perdas.

Já para o pagamento das parcelas de operações de custeio já prorrogadas anteriormente e de investimento, com vencimento entre 1º de janeiro e 30 de dezembro de 2020, haverá prorrogação de um ano após o vencimento final do contrato, com amortização dos juros da parcela para investimento. É preciso entrar em contato com a agência para formalizar o pedido.

Emater-MG e parceiras

Em Minas Gerais, a Emater-MG é uma das instituições que elaboram projetos de crédito rural para que o produtor possa custear as atividades produtivas e investir em melhorias da propriedade. A principal atuação da empresa é com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Em 2019, os contratos assinados em Minas Gerais para obtenção de recursos do Pronaf, com a assistência da Emater–MG, corresponderam a um valor de R$ 752 milhões.

A Emater-MG tem uma parceria com o Banco do Brasil para facilitar o acesso do produtor ao crédito rural. Em muitos municípios mineiros, os extensionistas da empresa também atuam como correspondentes bancário agropecuário. Isso permite que o produtor possa realizar quase todo o processo de contratação de crédito do Pronaf via escritório da Emater-MG, ficando para o banco apenas a análise e aprovação.

A empresa também mantém parcerias com diversas cooperativas de crédito no estado e com o Banco do Nordeste, outra instituição que opera linhas de crédito rural em Minas Gerais e que anunciou medidas de renegociação. Segundo Roberval Juarês, a orientação em todos os casos é a mesma para os produtores com dificuldades em quitar as dívidas. “Procure seu agente financeiro e discuta sua situação”, afirma.

Condições de renegociação de dívidas – BB

Produtores prejudicados pela Covid-19

– Atividades: aquicultura, piscicultura e pescados, bovinocultura de leite, olericultura, fruticultura e floricultura/plantas ornamentais. Estão isentas de laudo técnico.

– Dívidas de custeio

Vencimento 1º/1 a 29/2/2020: novo prazo é 15/8/2020
Demais datas de vencimento: 180 de prorrogação
– Dívidas de custeio já prorrogadas e de investimento

Vencimento 1º/1 a 14/5/2020: um ano de prorrogação

Por: SECRETARIA DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DE MINAS GERAIS
Publicado em 18/05/2020 às 14:21h.

19 maio 2020

Arroz: RS deve registrar maior produtividade da história, diz Irga

Segundo a entidade, na fronteira oeste, onde a colheita está prestes a ser concluída, a média é de 9.259 quilos por hectare.
A safra de arroz no Rio Grande do Sul deve atingir a maior produtividade desde 1921, quando o estado começou a registrar os dados das colheitas do cereal, estima o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga).

Segundo a entidade, a fronteira oeste é a mais próxima de terminar as atividades, com 99,9% da área colhida e produtividade de 9.259 quilos por hectare, a maior entre todas as áreas regionais.

O diretor técnico do Irga, Ivo de Melo, explica que o recorde de produtividade se dá por conta da estiagem. “Diferente de outras culturas, o arroz se beneficia da falta de chuvas porque chega maior radiação no arroz irrigado, que processa mais”, explica.

Além de altos níveis de produtividade, os preços do arroz têm sido altos. “Pela primeira vez temos uma safra boa ao produtor que combina com os preços altos”, comenta.

04 fev 2020

Trabalhadores rurais são os mais atingidos por raios no Brasil, diz pesquisa

Uma pesquisa do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostrou que, no Brasil, as fatalidades com descargas elétricas atmosféricas ocorrem predominantemente com pessoas que estão realizando atividades agropecuárias. O levantamento, divulgado na última terça-feira, 12, utiliza dados dos anos de 2000 até 2019.

O Brasil é o líder em incidência de raios no mundo, com cerca de 77,8 milhões de descargas por ano. O país ocupa a sétima posição mundial quanto ao número de mortes provocadas pelo fenômeno: uma média anual de 110 casos.

Segundo a pesquisa, dentre as principais circunstâncias de fatalidades com raios, os maiores percentuais são os associados a circunstâncias da agropecuária (26%); estar dentro de casa próximo a rede elétrica ou hidráulica (21%); atividades na água ou próximo a praias, rios, piscinas ou embaixo de árvores (9%); estar em áreas cobertas que protegem da chuva, mas não dos raios (8%); em áreas descampadas (7%); próximo a veículos ou em veículos abertos (6%); em rodovias, estradas ou ruas, sem estar dentro de veículos (4%); próximo a cercas, varal ou similares (4%). Outras causas diversas são responsáveis por 6% da morte.

A pesquisa destaca que não há nenhum registro de fatalidade dentro de veículos fechados, sendo esta circunstância a mais segura para se abrigar durante uma tempestade.

Recomendações
Os raios podem ocorrer pouco antes da chuva começar ou no estágio final da tempestade. A recomendação é buscar abrigo tão logo apareçam nuvens carregadas no céu ou comece a trovejar. Nessa situação, evite colher frutas, abrigar-se ou caminhar perto de árvores; ficar próximo a animais ou andar a cavalo; ficar próximo a cerca de arame; carregar ou ficar próximo a objetos metálicos pontiagudos, como enxadas, pás e facões.

Também não é recomendado ficar próximo a veículos, como tratores, carros ou dentro de carroceria de caminhão; abrigar-se em áreas cobertas, que protegem da chuva, mas não dos raios, como varandas, barracos e celeiros.

Se estiver ao ar livre, evite continuar a praticar esportes ou permanecer no campo; caminhar em áreas descampadas, como terreno baldio, cemitério e canteiro de obra; caminhar ou ficar parado em rodovias, ruas ou estradas; subir em locais altos, como telhados, terraços e montanhas; ficar próximo a varal de metal, antena ou portão de ferro.

Se estiver na praia, rio ou piscinas, evite permanecer dentro da água; caminhar às margens da água na faixa de areia, calçadão, beira de rio ou piscina; permanecer embaixo de guarda-sol, tendas e quiosques; ficar próximo a embarcações atracadas; realizar atividades de pesca navegando em embarcações ou na beira da água.

Dentro de casa, em uma tempestade, evite utilizar equipamentos elétricos ligados à rede elétrica ou ficar perto de tomadas; falar ao telefone com fio ou utilizar celular conectado ao carregador; tomar banho em chuveiro elétrico; ficar próximo a janelas e portas metálicas; e ficar próximo à rede hidráulica (torneiras e canos).

Para estar seguro durante a queda de raios entre em um veículo não conversível e feche as portas e vidros, evitando contato com a lataria; permaneça em moradias ou prédios, mantendo distância das redes elétrica, telefônica e hidráulica, de portas e janelas metálicas; ou ingresse em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis.

Caso esteja em campo aberto, sem a possibilidade de se abrigar em local seguro, afaste-se de qualquer ponto mais alto e de objetos metálicos, mantenha os pés juntos e agache-se até a tempestade passar. Não fique deitado.

Por Canal Rural

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